Quando Não Procuramos Entender
Procurar entender o comportamento de uma pessoa, em o porque agir da forma que age, observando-a e nos perguntando sempre qual o motivo da tal ação, podemos entrar no seu universo a fim de ajudá-la de alguma maneira. No mínimo, em não julgá-la.
Durante minha infância até minha adolescência tive um convívio familiar muito conturbado. Meus pais eram separados, porém morando juntos e com muitas brigas. Assim, presenciei várias discussões, palavrões, gestos agressivos e tudo que se possa imaginar entre um casal.
Desse modo, não tive um exemplo de marido e mulher amável, um lar cheio de paz, harmonia e compreensão. Acabei por absorver boa parte dessa influência até hoje.
"O alcoólatra é conhecido pela falta de sobriedade. Sua personalidade é fraca e não tem confiança em si mesmo. Entrega-se à embriaguês para "escapar" às realidade da vida"
- A. A
Meu pai após casar virou alcoólatra totalmente dependente da bebida e isso o dominava.
Minha mãe tinha muitos conflitos interiores, era emocionalmente muito ferida, descontrolada devido ao comportamento de meu pai que tinha o costume de chegar bêbado e isso a irritava profundamente. Além de supostamente ter uma amante.
Por isso, creio eu, não suporto cerveja, caipirinha, drinks ou qualquer substância que faça menção ao álcool. Não sinto a menor vontade de estar nesse caminho.
Meu pai contraiu a cirrose devido ao consumo abusivo de álcool chegando a sair sangue pelo nariz gerando outras doenças mais sérias como hernia de disco.
Meu pai morreu em meus braços quando cuidava dele na casa de minha tia, pois tornou-se como um bebê recém-nascido, ou seja, totalmente dependente de alguém.
Éramos nós que o alimentava, escovava os dentes, dava banho, enfim...seu corpo já não tinha o mínimo de forças para realizar atividades diárias. E, assim, se foi!
"Toda forma de vício é ruim,
não importa que seja droga, álcool ou idealismo"
- Carl Gustav Jung
O que quero demonstrar com esse meu relato é que, às vezes, não procuramos entender o outro ser porque não temos a noção do que ela tem guardado em seu coração, em sua memória.
Do porque que não faz o que todo mundo faz. Do porque não vai tomar um drink, uma cerveja de leve para descontrair em um barzinho com outros colegas. Do porque é tão careta em pleno século XXI.
Não quero aqui menosprezar quem bebe, quem vai para o barzinho ou faça qualquer coisa com o álcool. Até porque cada um sabe muito bem o que faz da vida e tem consequência do seu ato. A questão é o álcool e não quem bebe demasiado, de leve, seja lá o que faz com ele.
Mas, eu particularmente, não encontro motivos para tal comportamento. Não vejo a necessidade de beber uma cerveja, por exemplo, para desestressar. Não tenho problema nenhum de não seguir a "modinha" de cumprir o "social" em um barzinho.
Fico na minha com meus livros! É assim que me desestresso ou sinto prazer...rsrsr
A única bebida que aprecio, na verdade, é o vinho. Raramente bebo vinho. Não sinto tanta necessidade, por isso, bebo vinho apenas em momentos especiais como o fim de ano. Então, posso dizer que vinho é apenas no Reveillón...rsrsr...
Todas as vezes que vejo ou sinto até o cheiro do álcool, tenho nojo, tenho náusea. Não suporto nem ficar perto dessa bebida por associar aos fatos vividos em minha infância. O álcool destrói. Destrói sonhos.
Autodestrói o ser humano, inclusive, em suas ligações neurais por ser um vício e conter substância destrutiva como a cirrose comprometendo o fígado.
Gera também falta de tomada de decisões corretas, assertivas, a cognição fica mais lenta para assimilar informações, dentre outros prejuízos cerebrais.
E, assim, prometi a mim mesma. Desde minha infância que eu seria diferente. Que jamais colocaria uma gota sequer de cerveja, drink, licor, seja lá o que for que faça menção ao álcool vindo a me escravizar. Não me arrependo nenhum pouco.
Portanto, caro leitor, quando não procuramos entender o comportamento de alguém podemos fazer "achismos" sem nem sequer tentar descobrir o sofrimento do outro e as razões para tal atitude. Peçamos a Jesus sua ajuda de entender o porque o outro age da forma que age.
Podemos ser injustos quando este sabe muito bem o que faz e o porque o faz. Procuremos, no mínimo, nos calar e observar, apenas.
É o que tenho feito com pessoas que permitam com que o álcool os domine. Faço a minha escolha de não me associar com tais pessoas. É de direito meu.
Não tenho obrigação de seguir o mesmo rumo embora seja educada, mas não tenho laços íntimos. Não há nem como ter, né? rsrsr
E, quando tenho, é para ajudar a se livrar do álcool. Porém apenas quando este o quer! Impossível ajudar quem não quer ser ajudado. Impossível!
"O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas;
não é sábio deixar-se dominar por eles"
Provérbios 20:1
Que peçamos de Jesus forças para não permitir que esse álcool destrua mais e mais lares, famílias e que crianças não sejam influenciadas por esse comportamento destrutivo.
A tendência é essa criança quando adulta tornar-se dependente do álcool também.
Eu, graças a Jesus, pela sua misericórdia não me permitiu seguir o mesmo rumo de meu pai e nem ser influenciada pelo meio ambiente o qual vivi.
Porém, meus irmãos seguiram durante boa parte de suas vidas, mas hoje foram libertos pelo sangue de Jesus! Glória a Deus por isso!
De quem são os ais?
De quem as tristezas?
E as brigas, de quem são?
E os ferimentos desnecessários?
De quem são os olhos vermelhos? Dos que se demoram bebendo vinho,
dos que andam à procura
de bebida misturada.
- Provérbios 23:29-30
"O Álcool serve para conservar muitas coisas, exceto: família, dignidade, respeito, saúde, sucesso etc"
- Eduardo Volpato
(Empresário brasileiro gaúcho. CEO e diretor do grupo Volpato Segurança)
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